egundo pesquisas, a linhagem dos Azerêdo descende da região da Galícia na Espanha. Parte dela imigrou para Portugal e por volta de 1808, com a invasão de Napoleão Bonaparte, naquele reino, muitos vieram para o Brasil. Um grupo se estabeleceu na Bahia, região que seria mais tarde Itiúba, fundando o povoado do Itapicuru. Formou-se ali uma oligarquia.
Na década de 1840, José Pinto de Azerêdo tornou-se um líder confiável à frente de mais de quinze filhos, povoando, assim, a localidade. Seu sobrinho, Capitão Antônio Pinto, serviu na Guarda Nacional, foi Juiz de Paz, comerciante e um dos construtores da primeira igreja matriz. Em 1900, firmaram seu domínio no então Arraial de Itiúba, emancipado no governo de Belarmino Pinto, em 17 de janeiro de 1935.
Anfilófio Pinto de Azerêdo nasceu em 1877. Era filho do Capitão Antônio P. de Azerêdo e de Gracinda Antônia Pinto. Dentre outros, destacou-se por sua dedicação aos estudos particulares. Este neto de José Pinto de Azerêdo era um autodidata, tendo sido professor público, construtor de ferrovias e telegrafista na guerra de Canudos. Foi também o primeiro tabelião do Termo Judiciário de Itiúba, em 1937.
Mesmo antes de 1900, havia uma forte ligação entre as famílias Azerêdo e Rafael. Anfilófio era grande amigo de José Rafael da Silva, o Zuza da Cajazeira, irmão de Joana Rafael.  Zuza foi um grande pecuarista, pioneiro do plantio da maniçoba no ciclo da borracha, fornecedor de lenha e dormentes para sustentação das linhas férreas.
Deste convívio entre as famílias, Anfilófio, conheceu a sua esposa. Filha de Joaquim Rafael da Silva e de Isabel da Silva Freitas, Joana da Silva Rafael, nasceu em 1884. Foi funcionária pública e assídua colaboradora da Igreja Católica, contribuindo, inclusive para a compra da primeira Casa Paroquial nos anos 50. Da união do casal em 1913, nasceram seis filhos, dois dos quais não sobreviveram. Permaneceram, a primogênita Lourdes, seguida dos irmãos Rômulo, Robério e o caçula Antônio. Infelizmente, este último, faleceu aos cinco anos, devido a um acidente.
Anfilófio Azerêdo viveu até o ano de 1971. Tinha então, noventa e quatro anos. Tempos depois, sua esposa Joana, com idade centenária, falece em dezembro de 1984.